sexta-feira, 12 de junho de 2009

Revelação

Sinto coisas...coisas que não consigo explicar. És-me muito e ao mesmo tempo não me és nada. Não entendo esta nossa ligação (ou será confusão?)!
Nunca foste quem eu queria que tu fosses.
Despertaste-me qualquer coisa, nem eu sei bem o quê, mas despertaste. Tenho medo te encontrar, receio de nunca mais te ver, mas acima de tudo quero-te manter na memória.
Enervas-me!
Não ambiciono um presente, muito menos um futuro, mas PRECISO voltar ao "nosso" passado. Piscas e piscas na minha mente, quase como um sinal intermitente (no entanto não contínuo).Existe sempre aquele "click" quando te encontro! Revelas a tua importância aos poucos e poucos.Não foste o primeiro, nunca o serás, mas importas. Importas tanto que eu penso em ti...Pequenas coisas podem tornar-se em enormes, gigantes até. Tu à medida que o tempo passa deixas de ser apenas e só aquela e outra noite bem passada para te agigantares no meu espírito.
Não quero isto, não o desejo mas a verdade é que não esqueço.
Desaparece da minha cabeça, não quero que continues a roubar-me os sonhos e a fazeres deles a
tua concretização!

DESAPARECE (mas não te esqueças de mim nunca).
MARTA, a DESAPAIXONADA

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Quem está livre, está ...

"Quem está livre, está: o mais estranho, é que gosto mesmo de ti.

Tenho medo:
- Medo de te voltar a ver;
- Medo de que as minhas mãos voltem a ser mãos outra vez e disparem dos pulsos para te despentear o cabelo e apertar-te os nós dos dedos;
- Medo de que o meu corpo se lembre da fome que te teve e se queixe ruidosamente, como um estômago vazio;
- Medo de, afinal, te ter esquecido em vão e de que nos encontremos de novo a meio de inocuidades gentis, amorosamente gentis e de que tenhamos, inesperadamente, muito cuidado com os gestos, como se contornássemos vidros partidos ou fios descarnados;
- Medo de dar com os teus olhos e de neles mergulhar de cabeça, de engolir pirolitos, nadar-te e por ti ficar, num boiar infinito…

No fundo, tenho medo de que a mera possibilidade da tua presença me diminua a graça dos dias."

MARTA, a DESAPAIXONADA